IV SARAU VIRTUAL DA ACADEMIA CRUZEIRENSE DE LETRAS
25 de junho de 2020
A Academia Cruzeirense de Letras permanece unida em torno das artes e literatura, reinventando-se em suas ações culturais e intervenções, para melhor lidar com o atual cenário de limitação do convívio social.
O nosso propósito e marcar presença nos palcos virtuais, iluminando a vida com a promoção e difusão das mais variadas manifestações artísticas.
O IV SARAU VIRTUAL CRUZEIRO EM LETRAS adotou a plataforma gratuita e online do Google Meetings, permitindo o contato, em tempo real, entre os membros da ACL, cada um em suas casas.
Eu, Mauro Rocha, Rafael Fernandes, Ana Magalhães, Novaci Lula, Lucimar Rodrigues, Mônica Barcelos e Regina Lima, pudemos declamar alguns poemas, com leveza e espontaneidade, ouvidos com bastante atenção e interesse.
Pietro Costa agradece a tod@s que se dedicam pela valorização das artes e literatura, e a quem colabora, seja divulgando ou participando, com os projetos encampados pela Academia Cruzeirense de Letras. Estamos cônscios de nossas severas limitações, mas plenamente resolutos em deflagrar um trabalho sério, honesto, pertinaz, com humildade e responsabilidade.
O exercício altivo, crítico e transformador de nossas liberdades, direitos e cidadania, é o que nos une, humaniza, transforma e edifica!
Inscrevam-se nas mídias da ACADEMIA CRUZEIRENSE DE LETRAS, curtam, compartilhem, ativem as notificações, e fiquem conectados com novidades e iniciativas relacionadas à literatura e às artes em geral:
A SOLIDÃO DO ESCRITOR: CONVERSANDO COM BACHELARD E TCHEKHOV.
No
quadro OS CAMINHOS DA PALAVRA, a proposta de PIETRO COSTA, escritor, poeta,
agente e produtor cultural, presidente da Academia Cruzeirense de Letras, é
levantar ideias, propor pesquisas, fomentar debates e provocações, acerca de
temáticas controversas e de relevância prática para quem possui ou deseja
possuir interesse de enveredar pelos caminhos da leitura ou escrita, e também para
quem já percorre, profissionalmente, as trilhas da literatura.
Na data de hoje, sábado, 20 de junho de
2020, em transmissão ao vivo, a partir das 10h00, no seu home office, pela página da Academia Cruzeirense de Letras -
ACL no Facebook, o autor Pietro Costa, resolveu debater a solidão como força
criativa e comunicativa, em Bachelard (1884-1962) e Tchekhov (1860-1904), a
partir de sua apreciação crítica das obras “O direito de sonhar” e “Poética do
Devaneio”, do pensador francês; edo
conto “Angústia”, incluído na obra “A dama do Cachorrinho”, do escritor russo
Tchekhov.
Antes de encerrar a
transmissão, o autor recitou os poemas BACHELARDIAR, inédito, e AMBIVALÊNCIA
(da obra JURAS DE POESIA ETERNA, Art Letras, 2020), ambos de sua exclusiva
autoria, relacionados com os temas expostos.
BACHELARDIAR
(Pietro Costa – todos os direitos
autorais reservados)
Na ponta da tinta, um poema a nascer
Pincelado por telas operosas, delirantes
Modelado por mãos nuas, inquietantes
No sonho é que desperta o nosso poder
Reanimando a vida em novos dégradés
Desvelando a fina película da realidade
O presente se sente, muito além do “ver”
Como uma criança adepta à traquinagem
Por detrás de nuvens intumescidas, há vida
Viceja o azul cristalino e multicor do paraíso
O frêmito das asas que entrecruzam a retina
Nada almejo copiar, minha máxima é inventar
Tudo é espelho e profundeza, se sincero o olhar
Porque não ouso só existir, prefiro bachelardiar
AMBIVALÊNCIA – da obra JURAS DE POESIA ETERNA (ART
LETRAS, 2020)
(Pietro Costa – todos os direitos
autorais reservados)
A arte é movimento, a atrair as pessoas para longe
de suas zonas de conforto, de mediocridade.
Cinestesia do inusitado, do raro, do instante pleno
de significado, da poesia.
Manifesto em prol de uma vida não mecanizada, mas
consciente, pulsante, altiva, que respira!
A arte é o trair a norma (lidade), em ato profano
de reverenciar o cerebral e emocional que nos é essencial, singular.
É o subtrair todas as algemas que constrangem o
exercício do pensar.
A arte é o humor sem pudor, a insolência sutil sem
se tornar vulgar.
A performance que desnuda, inquire e revolve dogmas
de ser e estar.
É a luz que elide o opaco da retina, que dissolve
sombras e perfura cortinas.
É o ambivalente dente-de-leão, que embeleza e torna
alva a manhã, que dilacera hipocrisias.
É o sopro criador que revira moinhos de vento e
desperta epifanias.
É o assombro que singra véus e sepulcros
putrefatos, que deflagra maravilhas.
É a forma que emoldura os mais lídimos sonhos,
veleidades e fantasias.
A linha que ousa novas sintaxes e simetrias, que desborda
a monótona narrativa.
A tinta que ressignifica o pincel, a tela, a cena,
a obra, a paisagem, o artista.
A potência que nos habita e insistimos em deixar
reclusa, na usura de vãs filosofias.
A antinomia da moderação, modulação, idiotização,
como ingente e urgente obsessão pela liberdade! SALVE A ARTE! SALVEM A ARTE!!!
Ao final, realizou um sorteio de livros
e ímas poéticos autorais, entre os ouvintes que fizeram comentários durante a
exposição; e de 1 caneca, 1 flâmula e 1 chaveiro da ACL entre membros previamente
inscritos, sendo agraciados:
Livro “Entre
a caneta e o papel” e íma poético “Oficina do Poeta” – Nilva Souza.
Livro “A
Rosa dos Ventos” e ímã poético “Partes Íntimas” – Luanae Castro.
Livro “Juras
de Poesia Eterna” e ímã poético “Versos Maltados” – Siddha Abraxas.
Livro “Urbanos”
e ímã poético “Soturno” – Joel Oliveira.